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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Homenagem teste


niverosvaldo37
“Falar do deputado Osvaldo Coelho é ser redundante porque a vida política pública dele é um livro aberto, que Petrolina inteira conhece não por ele contar, mas pelos feitos dele que assumiram dimensões que o projetaram – ainda hoje, sem mandato – como Deputado Federal de mais resultados.
Em determinado momento, em meados de 1983 – após a morte de Dr. Nilo, Dr. Osvaldo teve de abraçar a causa do irmão até mesmo em respeito ao que aquele sonhava para a nossa região. Mas a vida pessoal de Dr. Osvaldo é até mesmo maior em termos de atenção social e sentimento humanitário, que sua vida pública.
Fui assessor direto de Dr. Osvaldo por sete anos, sendo servidor do Congresso Nacional, mas trabalho com Dr. Osvaldo desde 1982, quando fui convidado para trabalhar na campanha de Dr. Augusto enquanto candidato a prefeito de Petrolina. Nessa época,  a Família Coelho era uma só na política, economia, em tudo. Hoje, continua sendo uma só no ponto de vista de família e eles nunca deixaram que o pensamento político – ideológico e administrativo – diferente impedisse a convivência e o respeito entre irmãos.
Mas a vida particular dele era uma coisa fantástica e enquanto assessor, ele nos proibia de divulgar isso. Hoje não sou mais assessor dele e nesse momento de homenagem, permito-me desobedecê-lo e vou contar um fato que por si só, retrata esse homem humano e sensível que ele é.
Estávamos numa viagem de trabalho na região de Cabrobó e estava dentro da pauta de visitas a Barragem de Algodões, que estava sendo reformada pela Codevasf. Quando chegamos já nas proximidades, avistamos uma casa ao lado da barragem e ao fazermos barulho, chamamos atenção e vimos um garoto de 8, 9 anos sair de dentro de casa tentando colocar um boné. Dava para ver que ele tinha um grande caroço na testa, mas ele saiu pela lateral e sumiu.
Enquanto estávamos lá, esse garoto não apareceu. O deputado conversou bastante com a família e já na saída, Dr. Osvaldo virou para o dono da casa e perguntou pelo garoto. O cidadão contou que era filho da casa e que o menino tinha muita vergonha desse caroço, que ele tinha desde criança. Tinha inclusive parado de freqüentar a escola, porque era motivo de gozação. Dr. Osvaldo questionou se ele não tinha ido ao médico e a família respondeu que sim, mas tiveram conhecimento de que só tinha tratamento em Recife.
Diante da situação, perguntou ainda se poderia levar uma pessoa. A família aceitou e assim que ele retornou a Petrolina, mandou de volta o carro para buscar a criança. Aqui, ele ficou aos cuidados de Dr. José Carlos Moura, passando por uma cirurgia e se livrando do problema. Dr. Osvaldo não permitia que isso fosse a conhecimento público porque não era o deputado fazendo aquela ação, mas Osvaldo Coelho.
Conto isso hoje para a gente enfatizar esse outro lado, que deve ser do conhecimento público não apenas quando ele tiver cumprido sua missão aqui. A gente deve saber que atrás desse deputado de resultados - alguém que pautou sua vida pública com muitos sonhos e teve competência para transformá-los em projetos e em seguida, em realidade – há uma pessoa que quer um bem danado com o povo de Petrolina, que se identifica com seu povo. Ele recebe todos igualmente, principalmente em sua casa.
É preciso entender, definitivamente, que Osvaldo Coelho não foi e continua sendo apenas o deputado Federal de maior resultado no mandato no sertão – mas também um homem com sensibilidade pelo sertão e semiárido que suplanta sua atividade parlamentar, política, tudo isso. E deixa, indelevelmente escrito na história do sertão nordestino, que passou por aqui um homem que com sonhos, utopias, fez um grande trabalho e criou o início de uma nova civilização – como ele gosta de dizer em suas falas.
Parabenizo-o, que Deus o conserve lúcido, com muita energia e disposição para seguir contribuindo com esse sertão que ele ama tanto”.